A "água em pó" se parece com açúcar refinado e possui a mesma concentração de água de uma melância — 95% (Ben Carter)
As moléculas de água são encadeadas por dióxido de silício (SiO2), formando algo que se parece com um grão de açúcar
Graças a essas características, a “água em pó” pode armazenar gases, como o dióxido de carbono (CO2), um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. O autor da descoberta é o cientista britânico Andrew Cooper, que apresentou uma pesquisa sobre essa aplicação da água com silica no 240º Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química, nesta quarta-feira, nos Estados Unidos.
Em pesquisas de laboratório, Cooper descobriu que a substância absorve três vezes mais CO2 que água e silica separadas – e, melhor, no mesmo espaço de tempo. A "água em pó" também seria capaz de acelerar a produção de matéria-prima utilizada na fabricação de remédios, alimentos e outros produtos de consumo.
"Não há nada parecido com isso", diz Ben Carter, um dos cientistas envolvidos no estudo. "Esperamos que a água em pó ajude a resolver muitos problemas no futuro". De acordo com Cooper, o pó poderá também ser utilizado para outros fins, como o transporte de materiais industriais nocivos.
A "água em pó" foi descoberta em 1968, mas recebeu pouco destaque na comunidade científica até 2006, quando seu uso foi retomado por cientistas britânicos. Foi só recentemente que os cientistas descobriram que ela pode ser utilizada para armazenar gases.
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