Com o tsunami ocorrido no Japão, que culminou na morte de centenas de pessoas, boa parte dos noticiários afirmam que o fenômeno que desencadeou a tragédia foi um terremoto.
Entretanto, esse não é o termo científico mais apropriado para o fato. Rogério Marcon, geólogo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que no caso do abalo sísmico que acometeu o Japão o termo mais adequado é maremoto.
Isto porque o abalo ocorreu nas placas tectônicas localizadas no "assoalho oceânico" próximo à costa do Japão, ou seja, no fundo do mar, formando um degrau entre elas.
Em consequência desse movimento, formou-se o tsunami que atingiu o país.
"Se o abalo tivesse levado a um movimento lateral, não haveria a formação de tsunami", conta o geólogo.
"A formação do degrau repentino gerou a movimentação da água, que formou uma onda e arrebentou na praia. Na medida em que essa onda avança, ela perde em velocidade mas ganha em altura", explica Marcon.
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