domingo, 7 de novembro de 2010

A história do vinil, fitas cassetes e CDs

O disco de vinil, conhecido simplesmente como vinil, ou ainda Long Play (LP) é uma mídia desenvolvida no início da década de 1950 para a reprodução musical, que usava um material plástico chamado vinil.
Trata-se um disco de material plástico (normalmente cloreto de polivinila, ou PVC), usualmente de cor preta, que registra informações de áudio, as quais podem ser reproduzidas através de um toca-discos. O disco de vinil possui micro-sulcos ou ranhuras em forma espiralada que conduzem a agulha do toca-discos da borda externa até o centro no sentido horário. Trata-se de uma gravação analógica, mecânica. Esses sulcos são microscópicos e fazem a agulha vibrar. Essa vibração é transformada em sinal elétrico. Este sinal elétrico é posteriormente amplificado e transformado em som audível (música).
O vinil é um tipo de plástico muito delicado e qualquer arranhão pode tornar-se uma falha, a comprometer a qualidade sonora. Os discos precisam constantemente ser limpos e estar sempre livres de poeira, ser guardados sempre na posição vertical e dentro de sua capa e envelope de proteção (conhecidas, vulgarmente, como capa de dentro e de fora). A poeira é um dos piores inimigos do vinil, pois funciona como um abrasivo, a danificar tanto o disco como a agulha.

A fita cassete ou compact cassete é um padrão de fita para gravação de áudio lançado oficialmente em 1963, invenção da empresa holandesa Philips.
O cassete era constituído basicamente por 2 carretéis, a fita magnética e todo o mecanismo de movimento da fita alojados em uma caixa plástica, isto facilitava o manuseio e a utilização permitindo que a fita fosse colocada ou retirada em qualquer ponto da reprodução ou gravação sem a necessidade de ser rebobinada como as fitas de rolo. Com um tamanho de 10cm x 7 cm, a caixa plástica permitia uma enorme economia de espaço em relação às fitas tradicionais.
O audiocassete ou fita cassete foi uma revolução difundindo tremendamente a possibilidade de se gravar e se reproduzir som. No início, a pequena largura da fita e a velocidade reduzida (para permitir uma duração de pelo menos 30 minutos por lado) comprometiam a qualidade do som, mas recursos tecnológicos foram incorporados ao longo do tempo que tornaram a qualidade bastante razoável como: novas camadas magnéticas (Low Noise, Cromo, Ferro Puro e Metal), cabeças de gravação e reprodução de melhor qualidade nos aparelhos e filtros (Dolby Noise Reduction) para redução de ruídos.
Os primeiros gravadores com áudio cassete da Philips já eram portáteis, mas no final dos anos 70 com a invenção do walkman pela Sony, um reprodutor cassete super compacto de bolso com fones de ouvido, houve a explosão do som individual.

CD (abreviatura de Compact Disc, "disco compacto" em inglês) é um dos mais populares meios de armazenamento de dados digitais, principalmente de música comercializada e softwares de computador, caso em que o CD recebe o nome de CD-ROM. A tecnologia utilizada nos CD é semelhante à dos DVD.
Foi inventado em 1979, e comercializado a partir de 1982.
A partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, a invenção dos Compact Discs prometeu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, fazendo os discos de vinil serem considerados obsoletos. Com a banalização dos discos compactos, a consecutiva banalização de gravadores de CD permitiu a qualquer utilizador de PC gravar os seus próprios CDs, tornando este meio um sério substituto a outros dispositivos de backup.
Surgiu assim a popularização dos discos "virgens" (CD-R), para gravação apenas, e os discos que podem ser "reescritos" (CD-RW). A diferença principal entre estes dois é precisamente a capacidade de se poder apagar e reescrever o conteúdo no segundo tipo, característica que iria contribuir para o desaparecimento dos/das disquetes como meio mais comum de transporte de dados. Efetivamente, um CD é agora capaz de armazenar conteúdo equivalente a aproximadamente 487 disquetes de 3 1/2" (com capacidade de 1,44 MB), com muito maior fidelidade - uma das características negativas dos/das disquetes era a sua reduzida fidelidade, já que facilmente se danificavam ou corrompiam. Como exemplo, a exposição ao calor, frio e até mesmo a proximidade a aparelhos com campo magnético como celulares ou telemóveis.
A Philips anunciou publicamente um protótipo de CD-ROM de áudio em uma conferência de imprensa "Philips Introduce Compact Disc" [1] em 8 de março de 1979, Eindhoven, Países Baixos.[2] No entanto, três anos antes, em setembro de 1976, a Sony tinha anunciado publicamente um disco óptico digital de áudio.[3]
Mais tarde no mesmo ano, a Philips e a Sony criaram uma força-tarefa conjunta de engenheiros para desenvolver um novo disco digital de áudio. A força-tarefa, liderado por membros proeminentes da Philips Kees Schouhamer Immink e Sony Toshitada Doi, progrediram na pesquisa em tecnologia laser e discos ópticos digitais que tinham sido iniciados de forma independente pela Philips e pela Sony em 1977 e 1975, respectivamente.[1]
Um CD é um disco de acrílico, sobre o qual é impressa uma longa espiral (22,188 voltas, totalizando 5,6 km de extensão). As informações são gravadas em furos nessa espiral, o que cria dois tipos de irregularidades físicas: pontos brilhantes e pontos escuros. Estes pontos são chamados de bits, e compõem as informações carregadas pelo CD.
A leitura destas informações é feita por dispositivos especiais, que podem ser CD Players ou DVD Players. A superfície da espiral é varrida por um laser, que utiliza luz no comprimento infravermelho. Essa luz é refletida pela superfície do disco e captada por um detector. Esse detector envia ao controlador do aparelho a sequência de pontos claros e escuros, que são convertidos em "uns ou zeros", os bits (dados binários). Para proteger a superfície do CD de sujeira, é colocada sobre ela um disco de plástico especial.
Um CD contém quatro camadas: a primeira consiste no rótulo, conhecida como camada adesiva; a segunda é uma camada de acrílico, que contém os dados propriamente ditos; a terceira é uma camada reflexiva composta de alumínio e, finalmente, uma quarta, chamada de camada plástica, feita de policarbonato. A cor prata que vemos no CD é o resultado da soma das camadas de gravação e reflexão. Em um CD-R, a composição das camadas é diferente, para que a mídia possa ser gravada usando um sistema "caseiro".


Nenhum comentário:

Postar um comentário